O Primeiro Date(.me)
Por Stella Lima
Texto de minha camarada Teté-Stella Lima, que se baseou em nossas experiências recentes, conversas, acontecimentos… A menina de alma mais livre e artística que já conheci. Merece abrir os trabalhos desse cabaré, porque abriu também novos caminhos em minha mente, alma & corazón. Feliz leitura!
Hey, quantos empecilhos até o primeiro date ?
Você se lembra quantos até o seu primeiro beijo? E até a primeira transa?
Ok. Mas e até aquela primeira transa gos.to.sa ?
Nesse mundo não tá fácil de se relacionar não.
[Calmô. Não to falando só de relação sexual não tá . . vamos lá. .]
Nem de se relacionar nas relações várias todas — é. acho que nunca foi fácil na verdade.
Quando a gente acalma a maré interior, vem logo o mar revoltoso de fora a nos confrontar. Óh! mar ! Ôh marr num tarra esperando que esse crush ia quebra tanto minhas perna assim!
A real(idade) é que a gente gosta de criar nossas próprias possibilidades de queda — na vida em geral — vulgo auto.sabotagem. Sinistro não?!
A verdade é dura ; as quedas também. Mas a vida não precisa ser dura naaum! rs
A chave que abre o coração é o amor genuíno. Desapegado. Des(endereçado).
Há formas inúmeras de aprender essa lição. E eu não quero pela dor não.
Quero é ser feliz. Me recuso(!) a acreditar que para aprender a amar a gente tem quer se colocar apenas num lugar de imperatriz, distante de tudo cuidando apenas do nosso reinado, nosso jardim florido, tão tão distante, isolado.
Ái de mim se o que eu disser for pecado, mas eu gosto mesmo é de me ver meretriz bem assanhada, abrindo as pernas, de saia, pra quem EU quiser. E áai de quem não me respeitar! Já chamo as lobas, a matilha tôooda. Carne fresca pras cria alimentar!
Tá bom!!!! Eu confesso. Meu dom de exagerar é muito grande mas é importante algumas coisas clarear.
O meu primeiro encontro com ele. Como será? O meu primeiro date. Primeiro date.se comigo meu bem. . . Mas vai pensando que tá fácil.
Gosto é de ser cortejada e também de flertar pelo prazer de flertar em si mesmo, de fazer graça, de conhecer pessoas novas. Gosto de construir prosas, jogar conversa fora, beijar sem compromisso, boa amizade no serviço, abraços demorados com desconhecidos e desconhecidas, com amigos e amigas, gosto é de ser feliz!
Me recuso a acreditar num amor-próprio contido, isolado, guardado no fundo de minha própria caverna. É importante deixar claro que acredito no cultivar a própria fortaleza e solitude, mas amiúde não pode ser algo exclusivo.
Inclusive, depois de construído o clima. . .a amizade colorida para o primeiro date.me, gosto sempre de me certificar haver respeito, confiança e admiração, do contrário, não!
Me vejo imperatriz do meu reinado e também meretriz menestrel do cabaré das bruxas velhas safadas e loucas. Cortejo os rapazes mas nem um terço realmente irá se aprofundar nos mistérios de meu além mar — os quais eu mesma estou sempre a investigar. Junto às minhas comadres a gente gosta mesmo é de toca fogo no bordel !!! Queimando a carapuça da velha sociedade que julga nosso ser cortejante, resplandece flamejante, salamandras inflamando as vontades alheias que se omitem na escuridão das cavernas atrofiadas por dentro. LUZeSOMBRASeTUDOoMais que vier . . .a vida não é feita de dualidades não!
E sim de possibilidades. . . . . . .
PERMITIR-SE é a chave que abre os portais da percepção e os portões das cavernas esmorecidas no chicote que açoita as almas segundo as antigas tradições inquisitoriais. ES.SE. TEM.PO JÁ. FOI. ! NUN.CA. MAIS. HÁ. DE. VOL.TAR. !
Respirem o ar que alimentará a fogueira que queima as vaidades e liberta os sofrimentos. Respire o ar que alimentará o fogo do seu espírito que se quer livre, voando. Permitindo-se auto.conhecer-se junto aos outros. Pois o conhecer-se a ti próprio sem o teste frente ao mundo, se esvai feito poeira ao vento.
Corteje o mundo. Flerte com a vida. Abra o peito pra beleza dos seres do caminho. Se proteja mas confie na bondade & na beleza dos estranhos. Assim se constrói uma casa tecida de afetos. Sempre só mas não sozinho. Muita gente no caminho. Com calor e com carinho. . . . . que eu não ando só, eu não ando só . . .
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